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by Hélio » Sat Sep 07, 2019 2:22 am
Relato de Moxt Aussir, O Branco.
Dias depois do termino da exploração Moxt Aussir pode ser encontrado na taverna Ponei Saltitante escrevendo em um grande livro com capa de escamas e respondendo a perguntas dos clientes, seja sobre ele ou sobre a missão.
Responderam ao meu chamado: Shagal, o humano esquivo pele negra conjurador de ótimas frutas; Lúthien Tinúviel, a bruxa élfica que busca por seu pai; Lordrin Fireborn, o poderoso feiticeiro humano com pelas escamas vermelhas e Sujiro Kefuja, um elfo da floresta com estilo de luta exótica e de dizeres estranhos e sem sentido. Este grupo, um pouco menos exótico que o último, se aventurou em direção a Raviwra Caesin.
Nossa viagem foi rápida e sem problemas até os limites da floresta, demorando apenas um dia. Em nossa primeira noite, optamos coletivamente por descansar longe do das sombras das arvores, buscando assim evitar os efeitos misticos e caóticos da poderosa Raviwra Caesin. Tivemos nosso repouso interrompido, pelos sons do conflito entre lobos selvagens e a patrulha da cidade de Fogo Vivos. Os soldados da cidade foram bem sucedidos, demonstrando a eficiência deste grupo.
É importante relatar, que Shagal, apesar de ser apenas um humano, demonstrou grande potencial e se mostrou um eficiente companheiro de caça. Desde que cheguei nessas terras, não tive uma caçada tão eficiente e produtiva. O Branco ainda se recorda do excelente sabor dos coelhos encontrado na campina próxima a mata. Não compreendo a importância que os humanos e os elfos, e seus híbridos, dão a necessidade de assar a carne. Ela perde suculência e sabor.
No dia seguinte adentramos a mata e de imediato fomos cobertos pelas emanações depressivas e poderosas da Raviwra Caesin. Shagal demonstrou sua conexão com as energias primais de forma clara e eficiente. Seus poderes misticos nos permitiram caminhar pela floresta de forma mais segura, já que supostamente o humano negro sentia presença de seres venenosos e seus venenos. Não demorou muitas horas para que minhas duvidas sobre os poderes de Shagal, fossem eliminadas, seus poderes e palavras localizaram uma planta venenosa capaz de cegar. Depois deste testemunho, as constantes paradas para que Shagal realizasse seus rituais e comunhão com natureza, tornaram-se irrisórias em tempo e magnificas em resultado.
Durante o segundo dia encontramos uma descampado com restos de construções mundanas, predominantemente de pedras e madeira. O grupo pareceu reconhecer o lugar, de histórias e relatos antigos, como o local onde um portal foi ocultado por entulhos. Lúthien demonstrou acreditar que a magia do portal, apesar de bloqueado, permanece ativa. Sem conhecimentos adequados e nem mesmo o preparo para lidar com tal situação o grupo continuou sua viagem. Horas depois nos deparamos com a clareira onde o caos da Raviwra Caesin se torna ainda mais evidente, dessa vez os sapos mágicos com capacidade de teleporte agiram de forma agressiva, diferente da outra vez, talvez em reação a presença dracônica do poderoso Fireborn. O grupo saiu vitorioso desde embate, mas não antes dos anfíbios misticos mostraram sua predileção pelo sabor de repteis, já que fui constantemente o alvo dos seus ataques. Talvez sem Shagal, Moxt não estivesse aqui escrevendo. Todos do grupo foram excelente combatentes e por mais uma vez a peleja nos aproximou, tanto que ao fim de um breve descanso, dei ao lanceiro, Sujiro Kefuja, um bela dardo de osso de sapo como representação do meu reconhecimento a suas habilidades e para permitir que o mesmo possa agir a distância.
Em nossa segunda noite, tivemos que pernoitar na mata, em área claramente perigosa e hostil. Fiz meu melhor e encontrei um local, um pouco mais seguro, para o acampamento e todos deram inícios aos seus afazeres. Shagal e Shujiro foram buscar por alimentos. Durante sua ausência um combate contra um urso ocorreu, do acampamento só podíamos ouvir o sons da batalha. Os relatos das proezas do lanceiro foram difundidas por Shagal.
Demos inicio a ceia, os companheiro de Moxt, novamente deram inicio ao seu rito de assar carne. Talvez o cheiro tenha atraído convidados indesejados, pois logo o som de lobos se dirigindo ao lar do urso abatido e de sua respectiva e indefesa prole interrompeu nosso jantar. Depois de uma breve, porém proveitosa, discussão sobre a natureza e seu equilíbrio, o grupo decidiu acompanhar Sujiro em tentativa de proteger os filhotes.
Oque se seguiu depois foi um combate brutal que resultou em feridos e na morte de Sujiro Kefuja. Diante da morte, a moral do grupo já afetada negativamente pela mata, foi até seu ponto mais baixo. Decidimos retornar. Nesse momento, tive ciência de outro rito não reptiliano exótico. Os humanos, a elfa e o hibrido, não quiseram dividir os pertences, nem comer a carne do corpo do falecido e ainda optaram por traze-lo de volta a cidade. O Branco, mesmo sem compreender, apoia a decisão do grupo.
Fica claro, que ainda há muito nas terras e nos povos deste local, que Moxt tem a explorar e conhecer. Outra jornada termina e a curiosidade do pequeno Branco só cresce. Há muito oque aprender e descobrir.